Antes mesmo da moda hippie se alastrar pelos E.U.A e suas variações correrem o mundo, a juventude – ainda procurando algo para se esquecer do pós-guerra – viu na música (afinal estamos no início da década de 60 e o rock já era popular aos 10 anos de existência) a válvula de escape para desconstruir uma sociedade agora fracassada, decidiu usar os variados tipos, efeitos, formas e qualidade das drogas que apareciam no mercado. Para acompanhar essa “tendência” os músicos da época começaram a compor discos a base de lisérgicos, assim nascia o Acid Rock: que se definia com fortes harmonias vocais, longos solos de guitarra, grandes espaços para improvisação instrumental e uma preocupação exagerada com a iluminação no palco – sendo essa a primeira vez que bandas começam a compor um espetáculo musical através dos elementos que o local da apresentação pudesse oferecer. Em 1965 – já na Inglaterra – o Pink Floyd – com menos de um ano de existência era duramente criticado pela imprensa especializada por colocar em seus shows telões com imagens sincrônicas aos das músicas executadas, pra ter um exemplo.
Beach Boys em 1970@Paris.
Mesmo rapidamente atingindo uma série de adeptos o Acid Rock ainda era medianamente divulgado pela mídia – tanto tradicional quanto especializada – que começava a enxergar esse emergente sub-gênero com bons olhos. Essa tendência correu para a Europa (principalmente e em grande maioria em Londres) e bandas que compunham sob o efeito alucinógeno das drogas começaram a aparecer mais ou menos em 1962. A fama da nova onda era cada vez mais constante e clubes loucos por esse novo tipo de som abriram suas portas para grupos como Ten Years After, Cream e The Who, que levavam uma platéia de médio porte pronta para o delírio de musicas com ambientalizações sonoras dificílimas e com quase 20 minutos de duração. O Apogeu chegou quando os Beatles – já uma das grandes bandas do mundo – gravou o Ruber Soul (65) e logo em seguida o Revolver (66), discos considerados um marco do acid rock e que tirou o gênero do undergroud para viver sua intensidade até o final de 70. Embora os Beatles (62) e Beach Boys (61) tenham sido os grandes protagonistas nessa “briga” entre os dois países, algo mudou depois que The Doors (67) apareceu e quase que instantaneamente o acid ganhou status. Quem não se viu a vontade nesse status que o Acid atingira migrou para outros sub-gêneros criados a base de seus elementos como o psicodelismo (Grateful Dead), progressivo (The Byrds) e o space rock (Pink Floyd).
Na década de 70 em diante tentaram continuar a nomenclatura do gênero, porém, com o aparecimento de bandas com a mesma temática, mas com outros elementos e influências mais pesdas como o Led Zeppelin (68), Gentle Giant (70) e Yes (68), o termo Acid Rock caiu em desuso e novamente serviu de base para a criação de novos gêneros como o Hard Rock e o Heavy Metal
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